quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal no Palmeiras (10 anos atrás)


Não sei precisar quando a Jô Leal, Diretora Social do Palmeiras, começou a tradição de reunir os amigos em dezembro, mês natalino de confraternização.

Sei que já se passaram vários anos. No início, participavam da reunião apenas as mulheres.

Depois o Clube da Luluzinha começou a convidar os maridos e os amigos para a reunião.

Este ano, o encontro foi no dia 12 de dezembro.

Durante o evento a Lourdes leu a mensagem abaixo, que transcrevo a seguir:

AMIGOS
texto de Vinicius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outro s afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.

Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.


Acima, foto de uma das primeiras reuniões (Dez/ 1999).

Nela podemos ver:
Jô Leal, Regina, Ângela, Lourdes, Eliane, Iara, Jane, Edna, Dina, Pilar, Teté, Conceição,Lourdinha, Edy e Cora.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Bar do "Seu Hilário"

Professor Hilário era homem de boas falas e de bom violão. Pelo menos é o que atestam o Sérgio Pádua e o Darcy Franco.

Um dia, ele arrendou o Bar do PALMEIRAS. A notícia espalhou. Alguns filhos pródigos, há muito ausentes, compareceram para um dedo de prosa com seu Hilário. Entre eles o Múcio Campos, bebedor de uísque, imbatível numa roda de bar.

Reunidos seu Hilário, seu Múcio, mais alguns amigos, mais uma cerveja gelada, mais um uísque dos bons, um violão e quilômetros de conversas fiadas, estava pronta a festa.

E ela arrastou noite adentro !

O bar, entregue às traças, seu Hilário, entregue ao violão, os outros entregues ao sabor dos vapores etílicos.

Tudo que é bom dura pouco. Cada um tomou seu rumo como pôde!

No dia seguinte a ressaca, o gosto de cabo de guarda chuva na boca, a amnésia alcoólica que insistia em não revelar o que ocorrera na véspera.... e a vida continuava. Para todos, menos seu Hilário.

No "day after" ele espremia o cérebro ainda zonzo, para lembrar cada detalhe, cada cerveja, cada uísque, cada salgado que servira na festança da véspera. Seu Hilário esquecera-se de anotar o que serviu a cada um.

O fantasma do prejuízo iminente misturava-se à ressaca e à recusa do cérebro em racionar para sair da enrascada em que se metera.

De repente, o estalo ! Eureka! O plano infalível para cada um pagar o que devia. Afinal eram todos gente boa, gente de família, não iriam fazer isso com um velho amigo que simplesmente cedera à nostalgia de um bom encontro e não cumprira seu dever de comerciante!

- Ô seu Múcio, quantos uísques o senhor costuma tomar?
- Uns quatro, ou cinco....
- E quando o senhor exagera ?
- Uns seis. Por quê?
- É que eu me esqueci de anotar os pedidos e preciso correr atrás do prejuízo.
- Quando eu saio meio bêbado, eu tomei uns seis...
- Então o senhor não se importa de pagar oito?
- Por que oito ?
- É que o senhor saiu mais que "bebo". O senhor saiu meio carregado...

Dizem as testemunhas oculares que o esperto barmem cobrou sempre um pouco a mais que o confessado pelas vítimas e se ressarciu do prejuízo. Falam até que o Sérgio Pádua pagou.

Quanto ao leitor, acredite se quiser.

Escrito pelo Sócio Alair Ribeiro

Publicado no Jornal da Sociedade Recreativa Palmeiras - Ano 1 - Nº3 - Junho/1995

Vai Escutando ...

São 10:25 de um Domingo qualquer...

Parei a minha Mercedes na porta do nosso querido PALMEIRAS. Na portaria encontrei com meu amigo Espigão. Gentil como sempre, acompanhou-me até o salão aonde encontravam-se, entre outros, Peninha e Walter, tomando cerveja e comendo camarão importado.

Sentei-me e logo o Walter foi pedindo ao garçom mais uma cerveja e um copo. Peninha por sua vez pediu mais uma porção de camarão.

A música era ao vivo, ao som do LOS PARALELO com Roberto Carlos e Simone cantando.

Numa mesa próxima à nossa estava o Alberto conversando animadamente com o PT e o Figueiredo sobre como iriam conduzir os destinos do clube, pois haviam sido eleitos recentemente Presidente e Vice do nosso PALMEIRAS.

Na quadra de FUTSAL Alvinho e Jucão jogavam o famoso gol a gol. Após mais uma rodada de cerveja e camarão resolvi dar uma chegada mas quadras de bocha.

Aproximei-me do garçom e pedi a conta:

- O Sr. Nada deve. Peninha e Walter já pagaram (!)

Saí meio constrangido, prometendo pagar da próxima vez.

Ao passar pelas quadras de peteca vejo a dupla Alemão e Gugu vencendo o Lucinho e Careca.

Na piscina, Zezinho e Marcílio davam um show de natação e resistência.

Afinal cheguei nas quadras de bocha. Estava sendo disputado a semifinal do campeonato mineiro.

Levy estava vencendo o Marcelo de 14 X 1, na quadra Bizaca. Toninho Pavão vencia o Miguelzinho de 12 X 0, na quadra Romeu.

No bar do Carnevalli pedi uma cerveja. Nisso chegou o Éder Papagaio a quem ofereci um copo. Levei a maior bronca, pois havia esquecido que o Papagaio tinha mais de um ano que não bebia.

Diante de tantas surpresas, achei melhor ir embora.

Na saída, passando pelo salão, encontrei o Gatinho e tio Breninho tomando coca-cola.

Na portaria estava o Ely querendo comprar uma cota do clube à vista e o Dr. Ivan com o menino do Rio abraçados com duas tremendas gatas.

Entrei na minha Mercedes e liguei o motor.

Acordei....

Escrito pelo Sócio José Eduardo Campos de Assis

Publicado Jornal da Sociedade Recreativa Palmeiras - Ano 1 - Nº 4 - Jul/Ago 1995

Sedução Etílica

Sou, gostosamente, motivo de gozação por parte dos amigos, por alimentar prazerosamente o gosto pelo bom vinho e, principalmente, pelo fiel respeito à ritualística de sua degustação.

Não estou sozinho nesta vinhomania, faço parte de uma legião, cada vez mais numerosa, de apreciadores destes tintos de aromas envolventes e sabores excitantes, brancos frescos e frutados, que nos levam e elevam a sensações mágicas e sonhadoras. Ser seduzido por este líquido que vive e se transforma a cada dia, é um privilégio de quem dispõe a ter um amante sensível e exigente, que nos transporta a cada gole, para um mundo fascinante de aromas e sabores inigualáveis.

Muitos foram envolvidos pela magia do vinho, mas poucos o definiram tão bem como o pensador alemão Goethe, quando disse que "UMA JOVEM E UM COPO DE VINHO CURAM QUALQUER NECESSIDADE; QUEM NÃO BEBE E NÃO BEIJA, ESTÁ PIOR DO QUE MORTO".

Lutero, nos intervalos de sua pregação reformista, era dado aos prazeres do vinho e filosoficamente disse que "QUEM NÃO GOSTA DE VINHO, MULHER E CANÇÃO, FICA UM TOLO AO LONGO DA VIDA".

Pois é, meus gozadores amigos, no fundo, no fundo o que vocês têm é uma pontinha de inveja por não terem sido flechados, ainda, pelo cupido das vinhas, adegas e bodegas - abrigos silenciosos deste líquido de prazeres e sonhos.

Escrito pelo Sócio Luiz Carlos Magalhães Leal

Publicado Jornal da Sociedade Recreativa Palmeiras - Ano 2 - Nº 7 - Jul/Ago 1996

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Celso Garcia cantando "Praça Vaz de Melo"


No painel, mais abaixo, ouve-se
o radialista Acyr Antão falando sobre o Compositor Celso Garcia.

Em seguida o Celso Garcia canta a música "Praça Vaz de Melo" de sua autoria em parceria com o Jair Silva.

Para ouvir é só CLICAR no PLAY.

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No lado direito do Blog eu criei a Rádio Palmeiras.

Nela poderemos ouvir o Gilberto Santana interpretando diversas músicas acompanhado por Marilton Borges.

Tem uma participação do Delfino Santa Rosa na canção "Velho Realejo".

Também tem músicas de Ildefonso DÉ Vieira do CD "Gente & Terras Geraes",

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Causos do Abdala (Mauro Diniz Cançado)


Kibe Complicado

Todos os sábados, após a pelada, a turma se reunia para tomar uma cerveja e o "Seu Manoel" oferecia seus deliciosos salgados para tira-gosto.

Despistando o pessoal pedia ovo cozido. Até que um dia surgiu um kibe delicioso que fez a festa da moçada.

Todo Sábado era assim, pelada, cerveja e kibe de tira-gosto. Até que um belo dia pediram kibes e "Seu Manoel" disse :

  • Parei de comprar aquele kibe !
  • - O que é que houve "Seu Manoel", aquele kibe é tão delicioso!
  • - É delicioso, mas estava atrapalhando a venda da coxinha, do pastel, do enroladinho, da lingüiça ....

Cerveja rentável

  • "Seu Manoel" por que o senhor guarda aquelas cervejas lá no depósito e vende primeiro as cervejas mais novas ?
  • Ora, pois, pois, é que com esta inflação, quanto mais eu demorar a vender as cervejas mais velhas, mais lucro eu terei !

Misto frio

  • Ô "Seu Manoel" me arruma um misto frio.
  • Não vai ser possível, no momento.
  • Por que "Seu Manoel" ?
  • É que a chapa está quente, tem que esperar esfriar.

* * * * *

"Seu Manoel", português legítimo, foi durante muitos anos arrendatário do Bar do Palmeiras. Os "causos" acima são todos verdadeiros. Ele foi concessionário do vagão restaurante da RFFSA, durante muitos anos.

Os escritos acima são de autoria do Sócio Mauro (Abdala) Diniz Cançado e foram publicados no Jornal do PALMEIRAS de Out/Nov/1.995

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ex-presidentes

Em outubro de 1998 comecei a fazer um site para o Clube Palmeiras.

Naquela época eram poucas pessoas que possuíam máquina digital. E as que existiam não faziam fotos com boa resolução.

Mesmo assim com câmera emprestada de um amigo da CEMIG fiz algumas fotos para colocar no site.


Em novembro de 1998, esta foto registra três ex-presidentes: Luiz Leal, Sérgio Pádua e José Eduardo. A qualidade da foto, como disse antes, é muito ruim.


Em julho de 2000, uma outra foto, durante a FESTA JUNINA, ou seria Julina, daquele ano.



Nela estão além do Túlio, quatro ex-presidentes: Luiz Leal, Odo Lazarini, José Bernardino Botelho e Sérgio Pádua.

Apesar dos parcos recursos informáticos, no site tem causos e histórias do clube.


A idéia do BLOG do PALMEIRAS é que ele se torne um local para troca de idéias e ir registrando a história do nosso querido clube.

Uma tribuna para os associados se manifestarem.

Anos JK


Como acontece em qualquer ano, 1.959 teve as suas histórias para contar. Pelas ruas, da então pacata Belo Horizonte, ouvia-se assobios da marchinha “Engole ele, paletó”, sucesso carnavalesco no ano anterior.



A Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha, construída na gestão do então prefeito Juscelino Kubitschek, depois de longos anos interditada pelas autoridades católicas, era benzida por D. João de Resende Costa. Este lindo projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, com murais de Portinari, jardins de Burle Marx e painéis em baixo relevo do escultor Alfredo Cheschiatti, ainda embeleza a nossa cidade.


O nosso mineiro de Diamantina, na presidência do Brasil, alçava vôos mais ambiciosos, na construção da nova capital, Brasília.


O país vivia momentos de cívica ressaca com a conquista da Copa do Mundo na Suécia, recebia os nossos campeões mundiais de Basquete e a tenista Maria Ester Bueno, campeã do torneio de Wimbledon.


O Cinema Novo mudava os rumos da sétima arte. No país, Glaúber Rocha filmava Barravento. O filme “Orfeu do Carnaval” recebia a Palma de Ouro no festival de Cannes. O disco “Chega de Saudade”, de João Gilberto, marcava o início da Bossa Nova. Democraticamente o país se livrava da Revolta de Aragarças.


Enquanto toda esta efervescência ocorria, no bairro Santa Efigênia, a boemia marcava presença através dos jornalistas Paulo Papini, Múcio Campos e outros.


Vendo o peixe pelo preço que comprei, ou quase.


Após uma noite-madrugada, de um sem número de doses generosas de whisky e saideiras, colóquios etílicos, repletos de filosofias e soluções para todos os problemas do mundo, às 5 horas da manhã, o Múcio chega ao seu tugúrio.


Recebido pela companheira de todas as horas e a bondade das esposas compreensivas aos noctívagos, Múcio é interpelado:

- Isto são horas?


Com o jornal “Estado de Minas” sob as axilas e tentando manter um equilíbrio que o álcool já não permitia, Múcio devolve com ares de suspeito espanto:

- Você não sabe?

- Sabe o quê Múcio?

- O Errol Flynn...

- Que que tem o Errol Flynn?


Com se a notícia pudesse causar grande dor à esposa, foi dando-a em conta-gotas.

- O... Errol ... Flynn... O Errol Flynn morreu ...

- MÚCIO... e o que é que você tem com o Errol Flynn?

- Eu... eu não tenho nada, mas o Paulo (Papini) está inconsolável.


E com ares de quem é eternamente solidário aos amigos, adentrou a sua casa, tentando manter a pose nos passos e nos gestos.


No caminho, para a sua cama, em busca do repouso necessário, cumprida a missão de amenizar a tristeza do amigo, deixou sobre a mesa o jornal onde se lia a manchete : MORREU ERROL FLYNN.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Inauguração Sede Social PALMEIRAS

Na inauguração da NOVA Sede Social da Sociedade Recreativa Palmeiras em 20/03/1999 o cantor Levy Gonçalves interpretou a música do compositor e Darcy França “Palmeiras, meu pedaço de pecado”.

O acompanhamento musical foi feito por Fabinho (cavaquinho), Dé Vieira (violão), Luiz Chaves (tan-tan), Itamir (pandeiro) e Marinho (afoxé).




Artistas do PALMEIRAS

O PALMEIRAS tem entre seus associados vários artistas.

A destacar o saudoso radialista, músico, cantor e compositor
Celso Garcia de sucessos inesquecíveis, como este pequeno trecho: " Praça Vaz de Melo".

Nesta fotografia, ao lafo, os ex-presidentes e amigos: José Eduardo e Celso Garcia




Abaixo, em ordem alfabética, o nome de diversos ARTISTAS:


domingo, 1 de novembro de 2009